Arqueologia Estrutural
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- Belo Horizonte, Brasil
- Ano
- 2015
- Equipa
- Carlos M Teixeira, Daila Coutinho (colab.), Leonardo Rodrigues (colab.)
Detentor do título de maior cinema do país por alguns anos, o Cine Theatro Brasil foi construído em 1932, na Praça Sete, centro de Belo Horizonte. Pesado e elegante a um só tempo, seu volume Art Déco marcava presença como um dos maiores edifícios da cidade, sendo que na década de 1950 outras esquinas da Praça receberiam dois prédios também emblemáticos: o Banco da Lavoura (Álvaro Vital Brasil, 1950) e o Banco Mineiro (Oscar Niemeyer, 1953).
Na recente restauração e readequação do Cine Theatro Brasil Vallourec para centro cultural, foi construído um salão de eventos acima do antigo telhado, o que gerou um grande vazio arquitetônico entre o teto inclinado da plateia e a laje do novo espaço. Um espaço preservado com as tesouras de concreto armado que antes cobriam o edifício original.
Arqueologia Estrutural procurou ativar este lugar imaginário, revestindo as tesouras com um véu de lona de construção translúcido, tornando habitável o vazio inóspito. Articulada como um exercício de arqueologia estrutural, a proposta revisita e rememora o projeto arquitetônico original de Alberto Murgel, de 1930, e redesenha o teto escalonado da plateia. Tablados de madeira foram estruturados sobre as vigas, recriando a experiência e os valores do espaço ora habitado e propício a acontecimentos.